terça-feira, 7 de outubro de 2014

Clima de agressividade eleitoral

FB 07Out14


Lamento muito constatar que perderei alguns amigos aqui do FB nesse período eleitoral. Tudo está muito radicalizado, manipulações a granel. Eu lamento mesmo isso, pois acho que a disputa eleitoral agora vai obrigar os partidos a mudarem, a buscarem novos horizontes. E verificar que ninguém é dono da verdade e da opinião popular. Que uma democracia deve ser mesmo pluralista, com as idéias em permanente disputa pelo apoio popular. Há questões de fundo, principalmente quanto ao modelo de sociedade, com os interesses diversos em jogo, o grande capital, as corporações. Além da questão do esvaziamento das representações populares, sindicatos, associações. Qual o caminho? - a agressividade das campanhas nasce de pessoas de nosso círculo social, parceiros na internet, estudantes, jovens intelectuais, -gente que abraçou alguma causa e que reage sem medida diante de qualquer crítica. É bom lutar pelas idéias. Mas é preciso que essas idéias sejam batizadas com mergulhos nas águas da sociedade. Só assim elas ganham corpo e legitimidade. No fundo, estamos agora tentando entender o que somos, que país é o Brasil. O que é e como deve ser nossa democracia. Qual o papel dos partidos, do Congresso. Qual o papel da justiça. Como conjugar a ideia de um Estado-social com o desenvolvimento. E como deve ser esse desenvolvimento, qual o papel do Estado e do grande capital ( que domina e economia atualmente). Muitas perguntas. Nenhuma força política poderá escapar dessas questões a partir de agora.
  • Sara Belz ANTENADOS SEMPRE !!!
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  • Marco Antonio S Rocha Falou bem João. Aplausos. Mas é difícil passar sensatez em dias eleitorais. Mais adiante as cabeças melhoram...
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  • Marcos Gomes caro mestre, lembrei de Borges, uma das muitas coisas sábias que ele falou É que "a gente só perde o que não é nosso", a gente só perde o que já não tem ehehe
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  • Aurelio Michiles Não existe mão-única para a discussão política. Durante o período eleitoral é previsto monstruosos congestionamentos. Não tem bonzinhos e tampouco mauzinhos.
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  • Pedrinho Renzi d e m o c r a c i a....! sempre!
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  • Neusa Felipe Por que tantas agressões? Acho td tão primitivo
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  • Paula Gasparini Já debati com vários em clima saudável. Mas ainda não perdi nenhuma amizade. Graças! O Leonardo Sakamoto de hoje tá ótimo e fala justo disso >> o título é "Cheguemos Vivos em 26 de Outubro" Gostei desse texto João que tomo a liberdade de colar a seguir. A vida é feita de escolhas. Cada um sabe a dor e a delícia... >> "O retrocesso em relação a um possível governo tucano está associado à perdas de direitos e conquistas dos trabalhadores brasileiros na última década. Ao fato de que milhões de brasileiros ascenderam socialmente graças a políticas de distribuição de renda, ao desenvolvimento e fortalecimento do mercado interno, a valorização do salário mínimo, a uma nova orientação na política internacional fortalecendo a soberania nacional e as relações sul-sul, além da ampliação da relações políticas com o BRICS, ao crescimento da economia nacional num contexto internacional de crise, etc. Não nego o papel que FHC teve no Plano Real, que a propósito não foi no governo dele, e sim de Itamar Franco, mas não posso esquecer que a orientação política era direcionada à valorização do mercado em detrimento da produção, vide a política de juros praticada, que levou o país a ser o campeão mundial de juros (chegou a 45% ao mês), a privatização do estado nacional, a falta de políticas públicas de inclusão social, a quebra do Brasil em 1998, ao número de falências declaradas no período, as taxas de desemprego, etc. O que está colocado, em resumo, para esse segundo turno, é se nos identificamos mais com uma visão liberal de estado, cuja participação seria diminuta e sem tantas responsabilidades sociais, ou se precisamos do fortalecimento do estado como um propulsor de mecanismo de diminuição das profundas desigualdades sociais históricas, como um mediador de desenvolvimento da nossa economia, como um estado forte e soberano para definir outros eixos nas relações comerciais que não nos submetam ou designem um papel submisso na América. Portanto, se vc acredita que o caminho é o liberalismo, seu candidato será o Aécio, independente dos méritos pessoais do candidato A ou B. Se vc acredita no papel do Estado como indutor do crescimento econômico e da distribuição de renda, você não tem alternativa senão a candidata do PT." Marcelo Pomar
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  • Augusto Sevá Amigos que deixam de ser por divergência de idéias nunca foram amigos.
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  • João Batista de Andrade Há nuances, Paula Gasparini. O Estado liberal ( não sou liberal) pensa no desenvolvimento e por isso cria também oportunidades (sou de uma geração que se beneficiou MUITO disso no final da era JK). o ESTADO sOCIAL se aplica ás politicas sociais, o que é uma conquista, mas a economia está nas mãos dos oligopólios e desenvolvemos pouco. É preciso pensar nisso e aprimorar caminhos, somar.
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  • João Batista de Andrade É importante que todos se comprometam a não recuar diante das normatizações do governo Itamar/FHC (plano Real, Responsabilidade Fiscal, etc.) e nem das políticas sociais. Um novo governo petista ou um eventual governo tucano terão que levar isso em conta. É o que eu e a torcida do Flamengo\Corintians esperamos.
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  • Roberto Menezes Está vendo, João Batista de Andrade, porque você não pode calar . É de comentários lúcidos como os que você faz que ajuda a baixar a poeira e desarmar a agressividade estéril.
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  • João Batista de Andrade Torço ainda para que nenhum amigo me abandone...
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  • Pablo Magnoni MEU PAI ME ENSINOU QUE QUANDO PESSOAS EDUCADAS E INTELIGENTES DISCUTEM E RARO TER UMA BRIGA EU ERA MEIO RADICAL,UM DIA PASSEI POR UMA CONVERSA DELE E UM TIO MUITO CONSERVADOR,OUVI E MANDEI UMA ANIMALIDADE .MEU PAI ME OLHOU COM OLHOS DE ASSASSINO FIQUEI SABENDO DEPOIS QUE ELE ACHAVA QUE IA CONSEGUIR QUE ELE CONCORDASSE NUM DETALHE.APRENDI
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  • Paula Gasparini Sem dúvida João. Também não sou uma estadista e não nutro admiração por alguns países que compõe o BRICS, por exemplo. Votei na Marina no primeiro turno, mesmo com receios, por acreditar que exista um caminho do meio. Mas são campos de ações distintos né. Por que tão pouco a indústria da bala estadunidense me apraz. A figura do Aécio me dá urticária. É uma questão pessoal e de fórum intimo até. Um cara que censura a imprensa, a internet e ainda bate em mulher como mostrou o Juca Kfouri tempos atrás. Que faz aeroporto particular pra transportar cocaína. Ele não tem nada nem de longe do FHC que por sinal não apita mais nada no tucanato. Basta ver que viaja o mundo defendendo uma nova politica de drogas mais humana para melhorar a segurança e a saúde públicas e seus pares dizem o contrário. De certo eles tem interesse no trafico. Sei não João. Em playboy eu não confio. Mas jamais deixaria de te admirar seja qual for a sua escolha>>máximo respeito.
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  • Elizeu Ewald Recentemente me assaltou um sentimento positivo: é a primeira eleição que participamos/interagimos via Rede Social (Orkut não conta). É natural (?) esse descontrole/acirramento de emoções/opiniões. Teremos que nos educar para fazer valer o potencial de mobilização (no caso, política - como lembrou oJoão Batista de Andrade - e não partidária) que essa possibilidade nos oferece. Meus 2 tostões...
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  • Luis Avelima Eu acho que farei o mesmo, João. Tem agressões até in box.
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  • Ana Souto Eu penso que estas manifestações de agressividade são fruto do período da História que vivemos, João. Da mesma forma que alguns adolescentes também se tornam agressivos na passagem pra juventude, nossa democracia está maturando. E , como disse uma jovem, outro dia, lamentando seu ideal político não prosperar, depois ouvir meus argumentos " crescer dói".
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  • Luis Avelima Agressão de barbado? Não aceito. De adolescentes, talvez, porque ainda estão engatinhando na vida.
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  • Ana Souto A maturidade emocional tem pouco a ver com idade cronológica, como já constatei inúmeras vezes, inclusive em mim mesma, ao longo de mais de meio século de vida. Tem gente mais emocional, gente mais racional... Além disso, como diz o Guimarães Rosa, a gente não está pronto, afina e desafina...
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  • Nic Nilson esta certo, mas é muito triste ver q nao podemos opinar ao contrário, nem aprofundar pensamentos poleticos em causa coletiva. Sem paixoes, mas com o uso pleno da razao.. Aceitar as diferenças é o q nos faz diferentes.
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  • Ana Souto Bem, Nic, eu tenho conseguido, apesar de tudo mas não sem ser insultada, às vezes, infelizmente. Mas tenho alma de pedagoga e meu trabalho com teatro me ensinou a afinar o ouvido para as múltiplas vozes que compõe o mundo. Admito que nem todo mundo tenha paciência ou vocação pra tanto. Mas acho que vale a pena tentar. 
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  • Miria De Moraes Concordo. A cada dia que passa me enoja aquelas pessoas que xingam os paulistas , o povo, em geral porque não sabem votar. É hora de saber que xingamentos não irão mudar ideias e afinal , quando a maioria quer o negócio é tentar se adaptar. A partir de amanhã irei bloquear todos que postarem xingamentos, já se passaram 3 dias e tá na hora de terminar a birra.
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  • Ana Souto Sim, Miria, mas o problema é que se você os bloquear, bloqueia também o debate de ideias e assim fica difícil amadurecer o debate democrático e sua politização pra lá das emoções e dos achismos. Enfim, é um ponto de vista, ninguém é obrigado a concordar, óbvio.
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  • Carlos Roberto Winckler Winckler · 2 amigos em comum
    E quem achas mais próximo de responder essas questões?
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