domingo, 18 de janeiro de 2015

Manias desmobilizadoras e defensivas

FB 18Jan15

Mania desmobilizadora. Cobrança vazia.
Alguem grita: olha um rapaz se afogando!
Outro retruca: E quanto aos tantos jovens que morrem todos os dias no seco?
A toda hora vejo e leio isso.
Pura cobrança.
O fato de apontar um perigo, uma injustiça, não quer dizer que se excluem outros perigos e injustiças. Não é preciso resolver todos os problemas da humanidade para se dedicar a um só deles. Isso nos paralisa. E o rapaz corre o risco de morrer afogado por conta de nosso idealismo disperso e abstrato.
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  • Amelia Junko Watanabe Concordo plenamente!!!!Por isso essa passividade anestesuante!
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  • João Batista de Andrade CULTIVA-SE UMA POLÊMICA ABSTRATA, EM NOME DE PRINCÍPIOS. Isso funciona colocando o interlocutor ( cobrador) na conversa, afirmando-se como interessado na GRANDE QUESTÃO, sem ter que colocar a mão na massa, sem enfrentar a dureza de mudar as coisas na vida real.
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  • Nic Nilson espera, nao afoga agora nao, preciso pegar meu celular e postar no face!
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  • Marinho Andrade É isso João Batista de Andrade, parece que ligaram o foda se e foda se...!
    19 h · Editado · Descurtir · 1
  • Adalberto Piotto João, estou gratificado com sua análise. E, se me permite, os que dizem "há tantos outros morrendo no seco" é exatamente do tipo que nada faz porque morre de medo de perder seu comodismo de critico sem causa. Abs.
    7 h · Editado · Descurtir · 1
  • Célia Musilli completamente de acordo. A gente se indigna com alguma coisa e os que nunca se indignaram com nada aparecem para cobrar a fatura de sua própria omissão.
    6 h · Editado · Descurtir · 2
  • Célia Musilli Vou compartilhar!
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  • Paulo Borelli Coisa de populista. Não faz nada pelo que importa mas, dando enorme atenção ao caso único, ganha popularidade de gente que escreve e apoia um post desses
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  • João Batista de Andrade Há sim um processo de ambiguação paralisante e, é óbvio, defensivo. Uma defesa do "status quo" das irregularidades e absurdos. Em vez de tomar o partido das correções apontadas, - fazendo isso como decisão exemplar-, e daí apontar e ganhar adeptos para o combate aos outros problemas,- e busca de uma visão mais abrangente e livre, prefere-se a ambiguação protetora e paralisante. "Se meu vizinho não prender o cachorro dele eu também não prendo o meu, deixo que morda a vontade".
  • João Batista de Andrade Paulo Borelli, Você parece não me conhecer. Jamais disse que devemos nos ater a um caso único. Mas eles são fatos e revelam o mundo em que vivemos. A atenção aos casos deve se juntar à nossa preocupação com o todo, nunca negar. Eu digo não à paralisia. Ficar só no caso é também restritivo. Ficar só no todo é paralisante.
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  • Sergio Santeiro Bem sei que não é exatamente o teu caso mas mexer-se pelo individual ao invés do coletivo como nestas matérias de jornal não resolve nada agrava.
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  • João Batista de Andrade É preciso ser dialético, caro Sérgio Sergio Santeiro. A negação da negação. Leia meus dois posts anteriores ao seu.
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Completamente de acordo com a análise do cineasta João Batista de Andrade porque quando a gente se indigna por alguma coisa logo aparecem os que nunca se indignam por nada para cobrar a fatura de sua própria a omissão. A gente se indigna com a pena de morte e eles falam das mortes cotidianas fingindo não saber que estamos nos referindo à violência generalizada que abordamos tantas vezes aqui mesmo. Oras, elejam suas próprias causas e vão à luta. Parem de querer desmobilizar  
Parem de querer desmobilizar os outros.
Mania desmobilizadora. Cobrança vazia.
Alguem grita: olha um rapaz se afogando!
Outro retruca: E quanto aos tantos jovens que morrem todos os dias no seco?
A to...
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